Dependência Química e Relacionamento Amoroso – Tudo que você precisa saber sobre:
A dependência química e relacionamento amoroso, tem uma relação bastante conturbada. Confira sobre co-dependentes, como reconhecer os sinais e sintomas de que o seu parceiro é um dependente químico e como ajudá-lo.
As drogas interferem na capacidade do dependente em lidar com questões emocionais, e tendem a ter explosões de agressão e ansiedade. Um toxicodependente tem como prioridade as drogas e tem dificuldade em gerenciar um relacionamento.
No início do relacionamento, muitos dependentes químicos escondem seus vícios, até mesmo de pessoas próximas. Porém é possível determinar se o seu parceiro está ou não escondendo o vício.
Nos tópicos abaixo, conheça os sinais de que o seu parceiro é ou não dependente químico:
A dependência química e o Relacionamento amoroso, o parceiro é dependente químico?
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Diz que irá “dar uma saída rápida” e fica longos períodos fora;
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Está mergulhado em dívida;
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Com frequência fica doente;
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Apresenta sintomas de abstinência como: náuseas, fadiga, ansiedade entre outros sintomas;
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Marcas, em geral, no antebraço, devido a drogas injetadas;
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Mudanças no comportamento como falta de apetite e ficam com frequência acordada durante a noite toda.
Se relacionar com um dependente químico é estar em uma corda bamba, entre dias bons e de recaídas, não é nada fácil.
O indivíduo que convive diretamente com dependentes químicos é denominado codependentes.
É frequente que o parceiro ou parceira, viva uma relação de “co-dependência”, que consiste em um transtorno, que é despertado com indivíduos dependentes químicos e relacionamentos amorosos.
No tópico abaixo, confira sobre a co-dependência em relação à dependência química e relacionamento amoroso.
Dependência Química e Relacionamento Amoroso, e o Sistema de Co-dependência
Para muitas pessoas não é necessário experimentar substâncias químicas, basta verem seus companheiros fazerem o uso excessivo de drogas e álcool, sumirem de suas casas por horas, até dia, e voltarem maltrapilhos, sem dinheiro.
Mas como posso perceber que esse relacionamento está me fazendo mal? É caracterizado pela máxima dedicação e cuidado do dependente químico, buscando a qualquer custo uma tentativa de salvá-lo do vício.
Com o passar do tempo, o familiar passa a adquirir características que podem gerar ainda mais sofrimento. É normal e aceitável que você se importe com essa pessoa e queira dar toda a ajuda necessária.
No entanto, o problema começa quando não há um limite quanto ao desejo de ajudar e obsessão por ela. Confira os itens abaixo e veja se você é co-dependente das drogas:
Você é um co-dependente das drogas?
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Uma pessoa co-dependente tem uma visão distorcida do seu relacionamento, não discernindo o que é certo ou errado;
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Descobrir que alguém que você ama apresenta dependência química, causa um impacto, onde a única solução é negar o problema, como se nada estivesse acontecendo;
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Deixa de viver os seus desejos, princípios e crenças, para satisfazer o do parceiro dependente químico;
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Esconde o comportamento destrutivo do outro, evitando conflitos. Aparenta estar feliz e satisfeito com a vida que leva;
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Sente culpa pelos problemas do cônjuge dependente;
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Quando você descobre que não dá pra “tapar o sol com a peneira” e não há como fazê-lo desaparecer, começa os sintomas de preocupação e desespero. Como não há controle dos problemas, começam as mentiras.
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Neste momento, o parceiro resolve tomar o controle e tomar como sua a responsabilidade, o que torna difícil a recuperação do paciente.
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E por fim, após tantas buscas em manter o controle, sem o tratamento adequado, o co-dependente apresenta exaustão emocional. As brigas aumentam, sintomas como depressão e ansiedade aparecem.
O resultado é desastroso, esse comportamento nocivo faz com que o co-dependente perca os amigos e familiares, seja negligente com a sua vida como: mudança de apetite e no sono devido ao modo de vida, pensamentos e tentativas de suicídio, problemas financeiros e no trabalho.
Também essa forma de agir pode ser destrutiva para o companheiro dependente.
Se você está em um relacionamento amoroso com um dependente químico, identifique os sintomas, você tem a opção de não querer prosseguir a relação ou ajudá-lo a sair do vício.
Como um co-dependente pode lidar com o vício de dependentes químicos e relacionamento amoroso?
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De início, apoie o seu parceiro, de forma psicológica, física e emocional. Busque informações sobre dependência química para entender o que acontece na vida do seu companheiro;
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Participe de forma ativa na recuperação do seu parceiro;
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Tenha amor próprio. Às vezes durante o processo de recuperação, por mais que a sua atenção se volte para o parceiro, não se negligencie, se você estiver bem, conseguirá ajudá-lo melhor;
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Incentive-o a buscar tratamento;
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Seja empático;
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Estabeleça limites, não faça tudo que ele parece precisar ou pede. Um dependente químico é bastante manipulador e usará da parte emocional para te ludibriar e conseguir o que quer;
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Evite confrontos. Dependentes químicos sofrem de alterações de humor com frequência e em situações que se encontram encurralados podem ocorrer agressões físicas e verbais.
Em um relacionamento amoroso com um dependente químico, sou co-dependente?
Se estiver em um relacionamento amoroso com um dependente químico e sentir pelo menos um desses sintomas, as próximas perguntas indicarão padrões de co-dependência:
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Sou responsável pela outra pessoa?
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Pelas suas necessidades, escolhas ou ações?
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Você sente culpa pelo problema do seu companheiro?
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Você diz mais sim, quando quer dizer não pelo seu parceiro?
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Você agrada mais aos outros do que a si mesmo?
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Você tem necessidade de ter a aprovação do outros?
A dependência química e relacionamento amoroso podem ser uma provação, porém há uma oportunidade de ajudar na recuperação do parceiro.
Papel das clínicas de Reabilitação na Dependência Química e Relacionamento Amoroso
As clínicas de reabilitação têm um papel importante na dependência química e relacionamento amoroso. Os tipos de tratamento são variados, e também podem ser realizados pelos co-dependentes, como:
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Internação;
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Medicamentos;
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Psicoterapias;
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Grupos de apoio e autoajuda.
Em situações como essa, o ideal é que ambos ou, pelo menos, o co-dependente iniciem um tratamento, que os comportamentos nocivos possam ser modificados em centros de ajuda.
Deve-se atentar para não transformar o que era ajuda em um comportamento abusivo. O resultado dos tratamentos permite ao casal construir relações mais saudáveis.